O rabo que abana o cachorro

Passados mais de seis meses da posse do novo presidente estadunidense, parece que nada mudou na relação da Grande Superpotência com sua mais perigosa cria – o Estado colonialista de Israel. E, como um rabo que abana o cachorro (a imagem não é nova), o pequeno estado sionista ousa desafiar o governo dos Estados Unidos ao desrespeitar continuamente os acordos previamente assinados e as próprias conversas dos líderes israelenses com o presidente Obama e sua fiel escudeira para assuntos internacionais, dona Hillary Clinton.

Nesta semana, em mais um movimento destinado a despertar os “ais” e “ohs!” da comunidade internacional (e nada além disso), Israel desalojou mais 53 palestinos de Jerusalém Oriental, abrindo espaço para a instalação de novos colonos judaicos em território palestino. A dúbia Secretária de Estado, que em diversas vezes já demonstrou sua fidelidade a Israel, considerou as expulsões “condenáveis” e “provocativas”, acusando Israel de não respeitar as obrigações internacionais e as iniciativas de paz existentes. A presidência da União Européia, de sua parte, expressou “grande preocupação com as contínuas e inaceitáveis expulsões em Jerusalém Oriental”, e que estas são “ilegais sob a lei internacional”. E pronto. Nada mais.

A entidade sionista permanecerá impune à lei internacional, desrespeitando resoluções da ONU, as convenções internacionais, os acordos previamente firmados e, sobretudo, o bom-senso da política realista. O esforço israelense em desalojar, submeter e humilhar os palestinos vem sendo contraproducente há mais de sessenta anos, tornando o país vitima da constante insegurança e impedindo o normal desenvolvimento de suas potencialidades econômicas e culturais. Faria bem melhor a Israel e aos israelenses respeitar a lei internacional e os acordos firmados.

2 comentários:

Anônimo disse...

O regime do apartheid aplicado ao povo palestino é cinicamente esquecido pela mídia vendida às "eternas vítimas" de perseguições do passado.
Até quando vai perdurar esse episódio na História, onde o sionismo é tolerado como uma política condizente com os preceitos do Direito Internacional ?

Patrícia disse...

Gattaz,sou aluna do curso de história, e gostaria que soubesse que estamos usando o seu livro "A Guerra da Palestina", como referencia para o entedimento do período. E realmente tem sido muito interessante ver pelos teus olhos.