Rumo a um Novo Oriente Médio


N
o dia 22 de setembro deste ano, 15 dias antes dos ataques do Hamas a Israel, o primeiro-ministro deste país compareceu à Assembleia Geral da ONU, onde apresentou sua visão para um “Novo Oriente Médio”. Nos mapas apresentados, representando Israel em 1948 e no presente, não havia menção à Palestina, deixando clara a forma que tomará, segundo o projeto sionista, o “Novo Oriente Médio”. Qual o verdadeiro projeto de Israel: um Estado laico e democrático para dois povos? Um Estado de Apartheid para dois povos? Ou um Estado para um único povo? 

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Uma surpresa muito esperada

O ataque do Hamas a Israel, com o assassinato e rapto de seus cidadãos, surpreendeu por sua violência e pelo número de mortos e capturados entre os israelenses. O que não surpreendeu foi a nova onda de violência, pois há décadas os palestinos (a maior parte dos quais refugiados de guerras anteriores contra Israel) vivem em condições sub-humanas na Faixa de Gaza, e reivindicam as terras que lhes foram tomadas pelos sionistas para a criação de seu estado independente. O fundamental a se considerar em qualquer análise deste conflito é que a Guerra da Palestina é na verdade uma guerra de independência contra uma ocupação colonial ilegal [...]

A triste sina do Egito

O Egito tem 5000 anos e só tinha sido governado por faraós, sultões, reis e generais, além dos conquistadores estrangeiros. O primeiro presidente eleito ficou apenas um ano e três dias no poder, sendo destituído pelos militares. A divisão política, porém, esconde que os problemas do país são bem mais profundos.

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Na imagem, estátua representando o faraó Akhenaton, o primeiro governante monoteísta (XVIII Dinastia, cerca de 1364-1347 a.C.)  

A Palestina tem o direito de se defender

Em uma semana, já são mais de 130 os palestinos mortos, sendo 27 crianças e 11 pessoas de uma mesma família; em Israel, os mortos chegam a 5. Quem está se defendendo de quem?

Quem lê ou ouve as notícias que desde o dia 14 relatam a explosão de violência na Faixa de Gaza pode ficar um pouco confuso. O principal mote, “Israel tem o direito de se defender”, é repetido acriticamente por todos os meios de comunicação. Para o presidente estadunidense, “nenhum país na Terra toleraria mísseis chovendo sobre seus cidadãos”, enquanto o ministro do exterior britânico afirma que o Hamas tem a “principal responsabilidade” pela violência. Enquanto isso, a mídia repete a ladainha de que Israel apenas está respondendo a ataques feitos pelo Hamas.
Não é bem assim.

Gaza: velhos padrões de comportamento


Parece que já vimos este filme...
Passadas as eleições estadunidenses, e a menos de dois meses das eleições em Israel, este país desencadeia uma nova ofensiva contra a Faixa de Gaza, respondendo a foguetes lançados pelos radicais palestinos contra o Estado judaico - ou foram os palestinos que responderam à violação israelense do cessar-fogo? 
Para o governo israelense, a renovação da guerra com os palestinos é  politicamente interessante. Já o Hamas tem muito mais a perder, e por isso se empenhava em negociações de paz - conduzidas pelo líder assassinado por Israel em 14 de novembro. 
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O Líbano e seus vizinhos incômodos

O Líbano volta a se confrontar com o espectro da Guerra Civil. As tensões vêm crescendo no país, relatando-se protestos violentos e mobilização militar e paramilitar, e a cada dia torna-se mais inevitável o envolvimento do Líbano no conflito que vem grassando a Síria. A isto vêm se unir a constante instabilidade decorrente da guerra entre Israel e os palestinos e a tensão entre Israel e o Irã. Localizado em meio a incômodos vizinhos, há poucas chances de o país escapar a novo período de convulsão.
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Aprendendo com a Líbia

O recente ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, evidencia como é difícil implantar um estado de direito nos países onde era apenas a força dos governos autocráticos que mantinha a unidade nacional. Primeiro o Afeganistão, depois o Iraque, então a Líbia perderam não apenas seus ditadores mas também qualquer resquício de normalidade, entrando num longo período de caos social, crise econômica e conflitos civis. O mesmo deve se passar com a Síria, a persisitirem os atuais rumos no conflito. 

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"Não acredito que Israel faria a loucura de atacar o Irã"

Por Illgner Geovanne
"Atualmente, não acredito que Israel faria a loucura de atacar o Irã. Tal ataque seria extremamente danoso aos interesses econômicos de europeus e estadunidenses, que veriam o preço do petróleo disparar, dificultando uma saída para a crise econômica", diz historiador.
Sobre a Síria, Andre Gattaz, doutor em História Social pela USP e autor do livro ”A Guerra da Palestina: da criação de Israel à Nova Intifada”, disse que muitos interesses consideram vital a permanência de Assad no poder, uma vez que a derrubada de seu regime pode levar o país à fragmentação ou à continuada guerra civil.
Em entrevista ao site IAnotícia, Gattaz avalia a situação na Síria e as consequências de um ataque israelense ao Irã.
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De volta à Idade Média

Novamente a Crise dos Alimentos

Na época medieval eventos climáticos desfavoráveis provocavam ondas de fome e revoltas.
Uma seca histórica nos Estados Unidos, aliada ao crescimento da demanda por alimentos e a má decisões de política econômica, deve certamente provocar o mesmo efeito.

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O antijornalismo da TV Globo

TV Globo ignora Jogos Olímpicos em seus noticiários

Ao ignorar em seus telejornais a ocorrência dos Jogos Olímpicos em Londres, a TV Globo vem dando o mais acabado exemplo do antijornalismo, contrariando os próprios princípios editoriais adotados pelas Organizações Globo. De maneira rancorosa, a emissora desconta nos telespectadores a raiva de ter perdido os direitos sobre a transmissão dos Jogos Olímpicos em TV Aberta, adquiridos pela TV Record. O mesmo já havia acontecido com os Jogos Panamericanos de Guadalajara, no ano passado, quando a emissora carioca relegou a espaços ínfimos as informações sobre os resultados dos atletas brasileiros. Agora, diante do maior evento esportivo do mundo, a Globo novamente se posiciona de maneira ridícula, evidenciando a todos o seu desespero diante do crescimento da emissora do bispo Edir Macedo.
 Chega a ser constrangedor ver seus jornalistas ignorarem cotidianamente o assunto. Fica a dúvida sobre se a presença de Dilma na abertura será também ignorada, ou se será referida apenas como a participação da presidenta na cerimônia de abertura de um “evento esportivo” na Inglaterra...
Veja adiante alguns trechos dos “Princípios Editoriais das Organizações Globo”, segundo os quais a emissora deveria se pautar:
Princípios Editoriais das Organizações Globo (clique aqui para o documento original)
“Os veículos jornalísticos das Organizações Globo devem ter a isenção como um objetivo consciente e formalmente declarado. Todos os seus níveis hierárquicos, nos vários departamentos, devem levar em conta este objetivo em todas as decisões”
“Não pode haver assuntos tabus. Tudo aquilo que for de interesse público, tudo aquilo que for notícia, deve ser publicado, analisado, discutido”
“As Organizações Globo serão sempre independentes, apartidárias, laicas e praticarão um jornalismo que busque a isenção, a correção e a agilidade, como estabelecido aqui de forma minuciosa. Não serão, portanto, nem a favor nem contra governos, igrejas, clubes, grupos econômicos, partidos. [...]”

A Síria de mal a pior

A explosão que matou quatro importantes membros do regime de Bashar Al-Assad pode significar uma importante mudança nos rumos do conflito. As perspectivas para a Síria, entretanto, não são nada positivas, oscilando entre um improvável governo de união nacional à "iraquização" permanente do país.
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Guerra Fria, 11 de Setembro e o fim do Sonho Americano


Da Primeira Guerra Mundial à Guerra ao Terror, a ascensão e queda do imperialismo estadunidense. Um roteiro cinematográfico em 10 cenas.

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O que muda sem Bin Laden

No meu entender, a ausência do líder da Al-Qaeda deve alterar muito pouco a geopolítica mundial, tendo efeito positivo apenas sobre a popularidade de Barack Obama entre o público estadunidense. Na região que se estende do Marrocos ao Paquistão, são três os grandes focos atuais de conflitos, e apenas quando estes três aspectos forem solucionados poderá haver um período de paz e prosperidade à região...

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Por que "presidenta", presidente?

A presidente Dilma começou muito bem seu governo - tão bem que minha maior crítica é em relação ao seu desejo de ser tratada de “presidenta”. Embora os dicionários Houaiss e Aurélio apontem a existência da palavra como substantivo feminino, tal utilização não é comum, uma vez que “presidente” é um substantivo de dois gêneros. Sendo assim, embora gramaticalmente correta, o uso repetido da mesma pela governanta do país pode levar as estudantas, as gerentas e as videntas a pleitear o mesmo tratamento – para não falar dos dentistos, frentistos e psicanalistos, que sem dúvida sentem-se mal representados pelo estranho gênero de dois gêneros que lhes cabe. Melhor ficar com "presidente Dilma", embora caiba a questão aos gramáticos: porque o que vale para uns não vale para outros?

Exposição de Fotos


Convido a todos a visitarem minha exposição de fotos no Flickr
www.flickr.com/photos/acgattaz
Continuarei incluindo novas e velhas fotos.
Retorne, divulgue, comente.
Um abraço a todos.
AG

A Estrangeira

Lecionando em um curso de Relações Internacionais, tive uma vez uma aluna estadunidense. Apesar de se encontrar em solo brasileiro havia mais de duas décadas, ainda não falava bem o português, e seu sotaque era extremamente carregado, como se ela não se esforçasse para falar da maneira como se fala no Brasil. Nossos conflitos começaram logo na primeira aula.

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Também quero meu Prêmio Nobel!


No mínimo, foi surpreendente a escolha de Obama para o Prêmio Nobel da Paz. Se bastasse um punhado de belos discursos para garantir a paz mundial, esta já teria sido obtida há muito tempo. E se alguns discursos e projetos de Obama podem lhe garantir o Prêmio Nobel da Paz, reivindico meu Nobel de Literatura pelas obras-primas que gostaria de escrever!!!

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O Silêncio dos Inocentes

O lugar onde moro é bastante silencioso. As casas são afastadas umas das outras por dez ou quinze metros de jardim, e quase não se ouve os barulhos comumente produzidos numa casa de família com TV, som, máquina de lavar, aspirador de pó e liquidificador. Felizmente nenhum dos meus vizinhos é pagodeiro, ou tem alto-falantes de trio elétrico no porta-malas do carro. Não há avenidas por perto, assim como igrejas evangélicas, estádios de futebol ou bares de universitários. Para amplificar a sensação de silêncio, durante todo o dia se ouve o canto dos mais diversos pássaros, bem-te-vis, andorinhinhas, cardeais, canários, periquitos e tantos outros dos quais não sei a graça.
Mas nem tudo é perfeito: tem um barulho muito chato, que geralmente se produz nas horas em que estou dormindo ou tentando dormir...


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O rabo que abana o cachorro

Passados mais de seis meses da posse do novo presidente estadunidense, parece que nada mudou na relação da Grande Superpotência com sua mais perigosa cria – o Estado colonialista de Israel. E, como um rabo que abana o cachorro (a imagem não é nova), o pequeno estado sionista ousa desafiar o governo dos Estados Unidos ao desrespeitar continuamente os acordos previamente assinados e as próprias conversas dos líderes israelenses com o presidente Obama e sua fiel escudeira para assuntos internacionais, dona Hillary Clinton.

Nesta semana, em mais um movimento destinado a despertar os “ais” e “ohs!” da comunidade internacional (e nada além disso), Israel desalojou mais 53 palestinos de Jerusalém Oriental, abrindo espaço para a instalação de novos colonos judaicos em território palestino. A dúbia Secretária de Estado, que em diversas vezes já demonstrou sua fidelidade a Israel, considerou as expulsões “condenáveis” e “provocativas”, acusando Israel de não respeitar as obrigações internacionais e as iniciativas de paz existentes. A presidência da União Européia, de sua parte, expressou “grande preocupação com as contínuas e inaceitáveis expulsões em Jerusalém Oriental”, e que estas são “ilegais sob a lei internacional”. E pronto. Nada mais.

A entidade sionista permanecerá impune à lei internacional, desrespeitando resoluções da ONU, as convenções internacionais, os acordos previamente firmados e, sobretudo, o bom-senso da política realista. O esforço israelense em desalojar, submeter e humilhar os palestinos vem sendo contraproducente há mais de sessenta anos, tornando o país vitima da constante insegurança e impedindo o normal desenvolvimento de suas potencialidades econômicas e culturais. Faria bem melhor a Israel e aos israelenses respeitar a lei internacional e os acordos firmados.

A mídia e o Irã

Na cobertura das eleições iranianas, a mídia ocidental escolheu seu campo. Deixando-se impressionar pelas multidões em passeata nas ruas de Teerã, deixa de considerar a hipótese de que Ahmadinejad efetivamente tenha vencido.

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Tempos difíceis adiante

Já não bastasse a difícil sorte dos palestinos sob o controle do governo “centrista” do Partido Kadima de Tzipi Livni, o resultado das eleições israelenses adicionou mais um grave elemento a perturbar qualquer possibilidade de paz entre os dois povos: com a vitória da direita (ainda que o partido de Livni tenha sido o vencedor individual), o presidente Shimon Peres convidou o falcão Benyamin Netanyahu (Likud) para formar o governo. Ao aceitar a nomeação, o ex-primeiro ministro nomeou o Irã como a maior ameaça a Israel, e não fez nenhuma referência ao “processo de paz” com os palestinos.
Não bastasse o fato de Netanyahu ser um conhecido opositor das negociações de paz visando o estabelecimento de um Estado palestino, seu governo contará com o apoio fundamental do ultra-direitista Avigdor Lieberman, cujo partido (Israel Beitenu) obteve a terceira colocação no pleito, desbancando o tradicional partido trabalhista (Mapai). Lieberman, antigo segurança de porta de boate na Moldávia, defende a expulsão dos árabes de Israel, e é totalmente contra qualquer negociação com os palestinos. Seu partido, laico, terá de conviver na mesma coalizão com os ultra-religiosos do Shas. Em comum, a crença em que toda a terra da Palestina pertence aos judeus – ou apenas israelenses.
Quanto à “vencedora” das eleições, Tzipi Livni, passará à oposição, uma vez que considera que o governo do Likud não permitirá a continuação do processo de negociação com os palestinos, visando uma solução de dois Estados (embora “negociação” seja uma palavra um pouco imprecisa para descrever a submissão palestina à força militar israelense). Tempos difíceis adiante, não apenas para os israelenses, cada vez mais distantes da paz, mas principalmente para os palestinos, cada vez mais distantes da esperança.

Crimes de guerra? Deixa pra lá!

Como previu este analista na primeira postagem a respeito do Massacre em Gaza, o governo israelense encerrou seu covarde ataque contra a população de Gaza após três semanas de bombardeios aéreos e ações terrestres, procurando agora desfrutar dos ganhos políticos. Na matemática do conflito, mais de 1.300 palestinos foram mortos em vingança contra a morte de três civis israelenses. Lástima que o termo "vingança" devesse ser banido das relações internacionais...
Enquanto isso, a comunidade internacional se cala, mesmo diante do bombardeio israelense de edifícios da ONU, da matança indiscriminada de civis e da utilização de armas químicas banidas pela Convenção de Genebra.
Leia o artigo completo, em que faço um paralelo histórico e novamente me arrisco a antever o que vem pela frente.

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Rumo ao Holocausto

QUEM SÃO OS TERRORISTAS?
Se uma possível definição de terrorismo é "ato violência contra civis, procurando provocar o sentimento de terror em determinada comunidade" (para o Aurélio: "Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror"), o Estado de Israel adequa-se plenamente ao conceito.

GENOCÍDIO
O Estado Terrorista de Israel abandonou qualquer escrúpulo moral que ainda pudesse ter, e desde a noite de sábado (3/jan) , quando se iniciou a invasão terrestre da Faixa de Gaza, o objetivo principal parece ser apenas o de matar civis.
Depois dos diversos relatos de famílias inteiras mortas pelos mísseis israelenses, e de outros civis mortos enquanto buscavam abrigo, nesta terça-feira o exército do Estado Terrorista se superou, provocando os seguintes atos genocidas:
• na cidade de Gaza, todos os 12 membros de uma família extensa foram mortos quando sua casa foi atingida por dois mísseis israelenses. Os mortos incluem 7 CRIANÇAS de 1 a 12 anos, três mulheres e dois homens.
• em uma escola da ONU em Gaza, onde centenas de pessoas buscavam abrigo, três jovens morreram quando o edifício foi bombardeado por Israel.
• em uma escola da ONU em Jabaliya, que também servia de refúgio a civis fugidos de suas casas, morteiros disparados por tanques causaram a morte de 41 PALESTINOS (este número ainda pode crescer), sendo muitas mulheres e crianças.
Os mortos na ofensiva sionista já passam de 600 (os feridos são mais de 3.000, muitos dos quais estão morrendo à espera de socorro nos corredores e pátios dos hospitais). Destes, mais da metade são mulheres e crianças, e outra parte homens não vinculados à estrutura militar do Hamas.
Massacre. Matança. Genocídio. Não há palavra forte o bastante para definir a "ação defensiva israelense" na Faixa de Gaza.

"MAS FOI O HAMAS QUE ROMPEU A TRÉGUA..."
Mentira. Balela. Conversa pra boi dormir.
Durante o período de trégua, o exército do Estado Terrorista não cessou os bombardeios à Faixa de Gaza, provocando a morte de mais de 30 palestinos. Um dos principais líderes políticos do Hamas foi atingido no início de novembro, numa evidência de que Israel não estava interessado na manutenção da situação de calma.
Outra evidência da falta de vontade do governo isralense em prosseguir no caminho da paz foi que em nenhum momento, ao longo do cessar-fogo, Israel cumpriu sua parte no acordo: terminar o bloqueio contra a Faixa de Gaza. Pelo contrário, nos meses de outubro e novembro o bloqueio se intensificou, sendo proibida a entrada no território até de itens enviados pelas organizações humanitárias.
Já se verificava a situação de crise humanitária antes de se iniciarem os covardes bombardeios à população palestina da Faixa de Gaza. Hoje, a situação é de CATÁSTROFE HUMANITÁRIA (conforme afirmam os representantes da ONU in loco).
A grande imprensa, assim como o Bush, o Sarkozy e o governo israelense, continuam a atribuir toda a responsabilidade pela violência ao Hamas. É verdade que o Hamas ataca civis em Israel. Quatro deles foram mortos nos últimos meses. Mas talvez seja pertinente considerar o Hamas como a resistência à ocupação ilegal das terras palestinas por parte de Israel, e ao regime de ocupação que lhe é peculiar, condenados pela ONU desde 1967.
***
Leia minha análise sobre a ofensiva israelense.
Veja sugestões de leitura na postagem anterior.
Assine a petição "Professores condenam o ataque à Universidade Islâmica de Gaza"

Massacre em Faixa de Gaza (atualizado)

Continua o massacre em Gaza (ver artigo original). Após 7 dias de bombardeios, os mortos entre os palestinos já chegam a 422, sendo pelo menos 100 as mulheres e crianças. Os feridos passam de 2.180. Entre a população israelenses, os mortos já são quatro - menos do que o número de crianças palestinas mortas em uma única família na Faixa de Gaza ('I didn't see any of my girls, just a pile of bricks').
Indico aqui algumas boas fontes de informação para se ter uma boa perspectiva dos acontecimentos na Palestina (lamentavelmente, todas em inglês). Sugestões de outros artigos ou sites são bem vindas (por favor, use os comentários).

ARTIGOS
• "Enquanto os caças F-16 carregam suas missões de morte, a mensagem para o mundo é que Israel continuará a viver pela espada, como tem feito nas últimas seis décadas, em vez de arriscar as concessões o compromissos que a paz requer". Israel's Insane War, artigo de Patrick Seale, um dos mais importantes autores britânicos sobre o Oriente Médio.
Gaza: Israel's previous attacks - Boa reportagem do The Guardian mostrando os ataques israelenses a Gaza nos últimos dois anos. Entre estes: operação "Chuva de Verão" (jun/2006): 240 palestinos mortos, sendo 48 crianças; operação "Nuvens de Outono" (nov/2006): 70 palestinos mortos; ataque a Beit Hanoum (nov/2006): 18 palestinos de uma mesma família mortos; operação em Gaza e Jabaliya (fev/2008): 120 palestinos mortos, metade dos quais civis.
The world gives Israel a free hand, por Simon Tisdall (The Guardian), analisando a passividade da comunidade internacional diante das atrocidades israelenses.
'I didn't see any of my girls, just a pile of bricks' Sobre a morte de cinco meninas da mesma família, ocorrido nesta terça-feira (30/12) em Gaza.
• "O longo sítio e bloqueio de Gaza, e os inúmeros assaltos militares sobre seu povo e seu governo legítimo, são apenas os últimos crimes de guerra israelenses em um catálogo de tormenta e terror."Can There Be Any Doubt Who The Real Terrorists Are?, por Stuart Littlewood.
SITES / ESPECIAIS
Artigos do Middle East Online - O excelente site, publicado na Inglaterra, traz uma série análises a respeito do massacre em Faixa de Gaza.
Especial do The Guardian Israel and the Palestinian Territories - Excelente fonte de informação sobre o conflito, incluindo mapas, documentos históricos, linhas do tempo, análises diversas.

Massacre em Faixa de Gaza

Israel iniciou no último sábado (27/12) o que seu governo vem considerando “a última ofensiva” contra o Hamas, acusado por Israel e Estados Unidos de ser um grupo “terrorista”. Nos três primeiros dias de ataques aéreos, os mortos já passam de 300, e os feridos já são mais de um milhar, incluindo centenas de crianças e mulheres não envolvidas em atividades militares. Além disso, milhares de reservistas israelenses foram convocados, e o Exército vem concentrando tropas e tanques na fronteira com a Faixa de Gaza, preparando-se para uma incursão terrestre. É certamente – pelo menos no que diz respeito ao numero de mortos entre os palestinos – a pior ação israelense desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

CONTINUA...

O Rei está Nu


O jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi protagonizou neste domingo o que pode se tornar a cena mais significativa dos oito anos de governo Bush – acredito que daqui a algumas décadas, quando nos lembrarmos deste período, a imagem que nos virá à cabeça é a dos sapatos sendo arremessados contra o líder do Império estadunidense. Império em decadência, como evidencia a inesquecível cena.
Veja mais:
New York Times (artigo + video)
Reuters (video)

A Consulta

– Dona Vandira, pode mandar entrar o próximo...
– Pois não, Doutor Marcelo...


***

– Boa tarde!
– Boa tarde, doutor Marcelo...
– É Carlos Alberto, né?
– É sim, mas pode me chamar de Júnior.
– Júnior? Pois não...

Sete anos de guerra no Afeganistão

Neste dia 6 de dezembro, completam-se sete anos da rendição do Talebã no Afeganistão – país invadido menos de um mês após os atentados de 11 de setembro de 2001, por uma coligação liderada pelos Estados Unidos. O objetivo expresso era lutar contra o regime malvado – o Talebã – que teria dado abrigo aos terroristas malvados – a Al Qaeda – que teriam promovido o atentado contra os símbolos do poder econômico e militar estadunidense.

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Reflexões sobre a vitória de Obama

"... a vitória de Obama foi positiva, sobretudo em face do risco representado pelo seu opositor – que não apenas manteria as estúpidas políticas econômicas e externas de seu predecessor, como manteria o mundo inteiro em suspense diante da possibilidade de uma falha em seu coração deixar nas mãos da aspirante a vice-presidente, Sarah Palin, um arsenal nuclear capaz de acelerar a chegada do Armagedom."

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Obama rumo à vitória?

As eleições presidenciais estadunidenses aparentemente já têm um vencedor. A menos de duas semanas do pleito, todas as pesquisas indicam que a liderança de Barack Obama vem se ampliando, e que estados antes republicanos estão se voltando para o candidato democrata. Aparentemente, apenas um extraordinário “fato novo” poderia tirar a vitória de Obama – e ao que tudo indica, não se realizarão minhas mais pessimistas previsões sobre um novo 11 de setembro ou um ataque ao Irã visando reforçar o apoio a McCain (ficarei feliz se, no dia 4 de novembro, constar que errei em minhas previsões). Descartados estes fatos de extremos, não deve haver outras cartas na manga dos estrategistas republicanos, uma vez que falharam os blefes de acusar Obama de “terrorista” ou “socialista”.
Entre Obama e a Casa Branca, assim, resta apenas o racismo da população estadunidense. Certamente deve se repetir o “efeito Bradley”, observado pela primeira vez nas eleições para governador da Califórnia em 1982, quando eleitores brancos, embora afirmassem nas pesquisas que iriam votar no candidato afro-descendente, acabaram por votar no seu oponente branco. Com o impulso dado à candidatura democrata pela crise econômica, entretanto, é capaz que nem o efeito Bradley tire a vitória de Obama. Vamos aguardar com ansiedade a passagem de cada um dos próximos 12 dias.

Síria e Líbano buscam normalizar relações

O estabelecimento de relações diplomáticas entre o Líbano e a Síria, ocorrido no dia 15 deste mês de outubro, é um ato de considerável importância simbólica. É a primeira vez que estes Estados estabelecem tais relações desde as declarações de independência de ambos os países na primeira metade da década de 1940.

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Relembrando o 11 de Setembro


"Me lembro bem do dia 11 de setembro de 2001 – quem não se lembra? Já naquele dia algo me incomodou..."
"Muitos me chamaram (e ainda chamam) de louco. Eu não ligo. Há cada dia mais loucos como eu..."

Síria de volta ao tabuleiro

O encontro ocorrido nesta semana em Damasco, reunindo, ao presidente da Síria, os representantes de França, Turquia e Catar, revela duas tendências que vêm surgindo na política internacional – especialmente no que diz respeito ao Oriente Médio. De um lado, vê-se a participação de novos atores mediando os processos de paz, tais como Catar, França e Turquia, que procuram compensar a ausência dos Estados Unidos como catalisador da paz da região. Por outro lado, vê-se a Síria buscando uma aproximação com o Ocidente, em busca de um acordo de paz com Israel e a aceitação de seu regime por parte das potências ocidentais.

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O despertar do Urso

O "timing" do avanço sobre a Geórgia parece ter se definido em função da política dos Estados Unidos, e evidencia a dupla decadência estadunidense – a progressiva decadência econômica e militar, e a transitória decadência política.

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Géorgia e Rússia: mais uma guerra pelo óleo

Surpreendeu a todos ver nas primeiras páginas dos jornais, no primeiro dia das Olimpíadas, a manchete “Rússia invade Geórgia”. Uma nova guerra havia começado, justamente quando todos os olhos estavam voltados para uma festa que celebra a harmonia entre os povos. Uma nova guerra com um velho conhecido: o controle dos recursos energéticos do Mar Cáspio...

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Sarkozy toma a iniciativa

Ocorreu neste domingo (13/jul), em Paris, o novo lançamento da União pelo Mediterrâneo, forum que reúne 43 nações da Europa, Oriente Próximo e Norte da África. Não se esperam grandes projetos do ponto de vista econômico ou humanitário, porém há uma esperança de que a iniciativa desencadeie um processo de paz abrangente para o Oriente Médio, capitaneado pela França e seu presidente.

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EUA: ataque ao Irã ou 11 de setembro?

Cabe ao analista das Relações Internacionais, além de conhecer o passado e procurar compreender o presente, fazer previsões para o futuro, possibilitando a elaboração de estratégias de ação por parte de governos, empresas e mesmo indivíduos. Arriscando-me a um palpite sobre os próximos meses da política estadunidense, chego a ter calafrios ao avaliar duas possibilidades de desdobramento da corrida à Casa Branca, antes mesmo que se consagre o novo presidente do país: um ataque militar ao Irã, ou um “novo 11 de setembro”.

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A ilusão do cessar-fogo entre Hamas e Israel

Entrou em vigor nesta quinta-feira (19/6) um cessar-fogo informalmente costurado por autoridades egípcias entre o Hamas e o Estado sionista. Como sempre, analistas desavisados prevêem o “retorno às negociações de paz”, embora de fato pouco possa se esperar deste novo acordo, obtido em função de necessidades específicas de cada uma das duas partes no conflito, e fadado ao fracasso como tantos outros.
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A limpeza étnica da Palestina

A história oficial israelense baseia-se em um mito, expresso no lema "uma terra sem povo para um povo sem terra". A realidade da ocupação sionista da Palestina, porém, não é a de uma terra desabitada sendo ocupada por um povo sem terra. De fato, o que vem ocorrendo nos últimos 60 anos é a expulsão do povo nativo daquela região, para que a realidade pudesse se adequar ao mito.
Ilan Pappe, historiador da Universidade de Haifa, em Israel, é uma das corajosas vozes a denunciar a política sionista sem medo de usar as palavras adequadas para descrevê-la. Autor de "A Limpeza Étnica na Palestina", Pappe deu entrevista a Silio Boccanera, no programa Milênio exibido em 20/5 na Globo News. Para quem conhece bem o conflito sionista-palestino, a entrevista não traz nenhuma informação nova, mas é muito interessante ouvir, da boca de um historiador judeu e israelense, o que poucos podem afirmar sem serem taxados de anti-semitas.
A imagem que está vívida em minha mente [...] são as histórias que vi nas aldeias litorâneas da Palestina, e mais tarde de Israel, pois eram próximas de onde eu morava em Israel. Nessas aldeias, de acordo com a resolução da ONU, as pessoas deveriam ser cidadãs israelenses, faziam parte desse futuro estado judaico. E eles se resignaram a essa idéia. [...] Eram fazendeiros e camponeses simples que viram apenas como outro novo governo. Mas não conseguiram acreditar quando o exército israelense veio, e lhes deu uma hora para levarem o que pudessem das aldeias onde moravam havia centenas de anos, atirando para o alto para acelerar a fuga, massacrando aqueles que resistissem e estuprando as mulheres. Para mim, como relato no livro, alguém cuja família sobreviveu ao Holocausto nazista – embora a minha não tenha sobrevivido – a idéia de que os judeus pudessem fazer isso três anos após o Holocausto ainda hoje é incompreensível para mim.

Plágio na Wikipedia

O artigo "Deir Yassin", na Wikipedia lusófona, foi extraído de meu livro A Guerra na Palestina: da criação do Estado de Israel à Nova Intifada.
Trata-se de plágio, pois não há autorização por parte do detentor dos direitos autorais (eu mesmo), e não há sequer referência à fonte!
Devo me sentir honrado ou insultado?

Obama, o amigo de Israel

Nesta quarta-feira (4/6) o senador Barack Obama mostrou, a quem ainda o considerava o melhor candidato no que se refere à política externa dos Estados Unidos, que suas visões pouco diferem daquelas defendidas pelos neo-conservadores atualmente no poder. Significativamente, seu primeiro compromisso, neste primeiro dia após a vitória nas primárias democratas, foi um discurso na AIPAC, a principal instituição pró-israelense nos Estados Unidos, e um dos mais fortes grupos de pressão do país. Ali, o candidato declarou-se "um verdadeiro amigo de Israel", e prometeu "eliminar a ameaça" do Irã. E, para piorar suas perspectivas de sucesso como mediador de paz, afirmou que Jerusalém é a "capital indivisível" de Israel - o que certamente irá gerar forte insatisfação por parte de árabes e palestinos.
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Arma imoral

Mesmo a guerra tem suas regras, sua moral, sua ética (se pudermos aplicar tais palavras ao ato de matar em nome de interesses próprios). Destas regras, a mais importante diz respeito à proibição de ataques que visem a população civil – o que, infelizmente, é raras vezes respeitado nos conflitos que vêm grassando mundo afora nestes últimos 20 anos pós-guerra-fria. Nesta semana, um grande passo foi dado por 109 nações do mundo para colocar fim à utilização de bombas de fragmentação.
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Oriente Médio: razões para otimismo?

Eventos ocorridos no Oriente Médio nestes últimos dias têm levado alguns analistas a visualizar um período de distensão, quem sabe levando à efetivação dos eternos e inconclusos “processos de paz”. Enquanto o acordo do Qatar, entre governo e oposiçao do Líbano, prenuncia avanços para este país, a divulgação de negociações entre Israel e Síria não passa de manobra diversionista do governo israelense. A paz continua distante.
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Uma oportunidade para o Líbano

Os confrontos ocorridos no Líbano na última semana podem levar à solução do impasse político que há meses paralisa o país. Surge uma oportunidade única, que reflete a possibilidade de um novo Oriente Médio: um governo de coalizão entre grupos vinculados aos Estados Unidos e ao Irã. Isto evidenciaria, sobretudo, a inutilidade de se procurar a solução das diferenças entre xiitas, sunitas, cristãos e judeus por meio da força.
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Israel, 60 anos, nada a comemorar

Em 14 de maio, o Estado sionista completa 60 anos. Documentários sobre a construção de um país “no deserto” certamente inundarão as cadeias de TV e rádio, jornais e revistas. Analistas falarão sobre o direito do país de se “defender”. Políticos de todo o mundo se sentirão obrigados a comparecer a cerimônias ou a pronunciar discursos, sob o risco de serem taxados de “anti-semitas” se não o fizerem. Aqueles que denunciarem o Estado sionista pelas constantes violações dos direitos humanos e do direito internacional, serão acusados de “aliados dos terroristas” ou de "anti-semitas" (como ilustra o cartoon de Latuff, à direita).
E para quem conhece o que está ocorrendo na Palestina, não há como não denunciar o Estado sionista pelas constantes violações dos direitos humanos e do direito internacional. Garantido pelos Estados Unidos, Israel é o único país do Oriente Médio que tem permissão de violar aqueles direitos sem ser importunado pelas grandes potências, pelas Nações Unidas, ou mesmo pela crítica internacional.
O aniversário deste Estado não deve ser comemorado enquanto persistir o regime de ocupação de terra palestina, condenado pela resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU em 1967 e por inúmeras resoluções subseqüentes a a cada ano, e que se constitui em flagrante violação de direitos humanos. E, enquanto persistir tal regime, o país continuará a ser considerado um pária internacional por aqueles que conhecem a história contemporânea.

Entendendo a crise dos alimentos

Nos últimos dias muito tem se falado sobre a crise dos alimentos, que subitamente se tornou a grande preocupação internacional, obscurecendo a anterior “onda verde” contra o aquecimento global que vinha tomando conta da mídia, da ciência e da política. A rigor, o problema já vem se agravando há algum tempo, mas, como os grandes afetados são as populações mais pobres dos países mais pobres (ao contrário do aquecimento global, que atinge a todos), a preocupação foi deixada de lado. Nas últimas semanas, porém, a falta ou carestia de certos produtos (sobretudo trigo e arroz) em algumas regiões do mundo (Egito, África sub-saariana, sudeste asiático) levou a violentas manifestações populares de descontentamento, que por sua vez trouxeram à tona um problema que não podia mais ser escondido.

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Latuff, cartunista brasileiro


O cartunista brasileiro Carlos Latuff é mundialmente reconhecido como um dos principais cartunistas políticos da atulidade. Especialmente no que diz respeito ao conflito palestino-israelense, seus cartoons e caricaturas são admirados por todos aqueles que têm uma visão crítica da aliança sionista-estadunidense.
Adiante indico alguns sites onde se pode conhecer a obra deste mordaz crítico da política internacional contemporânea.

Nova versão do gattaz.pro.br no ar!

Olá amigos.
Bem-vindos à versão 2008 do site oficial do escritor, historiador e jornalista André Gattaz.
O objetivo dessa nova versão de gattaz.pro.br é aumentar a participação dos leitores. Assim, a Primeira Página e as sessões Artigos e Ficção passarão para o formato de blog, permitindo os comentários dos internautas. Além disso, outras mudanças estão sendo feitas visando unir num único portal diversos aspectos da obra deste autor.

O site ainda não se encontra completo, e progressivamente serão adicionados os artigos, resenhas, textos de ficção, referências na imprensa e informação sobre meus livros. Se necessitar de algum texto que ainda não se encontre incluído, verifique na versão antiga do site, em html, cliando aqui.

Conheça o novo site e opine a respeito das mudanças nesta postagem.
Um abraço a todos os internautas.
André Gattaz

Quem?

(Clique aqui para ver o currículo vitae na base CNPq-Lattes.)

Nasci na cidade de São Paulo, no ano da Guerra dos Seis Dias e do lançamento de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, e tive como primeiro presente de aniversário o Ato Institucional n. 5.
Iniciei minha vida profissional como jornalista, porém preferi trocar o ritmo frenético e os dead-lines diários do jornalismo televisivo pelo ritmo lento da História e da conduta reflexiva da pesquisa e narrativa historiográfica.
Desde então estudei questões ligadas à imigração e à geopolítica contemporânea – tais como a Guerra Civil da Espanha (1936-1939) e o fluxo de emigrantes que gerou (tema de meu Mestrado); a história do Líbano independente, a Guerra do Líbano (1975-1990) e os imigrantes libaneses no Brasil (tema de meu Doutorado) e a Guerra da Palestina (1947 ao presente), que foi objeto de um livro redigido e publicado após o término do doutorado.
Quanto ao aspecto metodológico de minhas pesquisas, as duas primeiras foram conduzidas segundo os critérios da História Oral, enquanto a terceira embasou-se na consulta a fontes mais tradicionais do fazer histórico (documentos diplomáticos, artigos de jornais e bibliografia em geral). Além disso, venho lutando pela afirmação da História Oral no Brasil, tendo publicado diversos artigos sobre a metodologia em revistas acadêmicas e livros, ministrando oficinas e participando da edição da revista História Oral desde a sua criação, em 1998.
Após uma década na Bahia, como professor universitário e redator de manuais didáticos, assumi no início de 2013 a Coordenação Editorial da Editora Pontocom, uma nova editora dedicada à publicação de textos de Ciências Humanas em formato ebook (mais informações: www.editorapontocom.com.br)

CONTATO: andregattaz(ARROBA)gmail.com